O USO DE AGROTÓXICOS E AS IMPLICAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS NA SAÚDE DO ESTADO DO TOCANTINS

  • Keile Aparecida Beraldo Universidade Federal do Tocantins
  • Gabryellen Pereira Meireles Universidade Federal do Tocantins
  • Monica Costa Barros Universidade Federal do Tocantins
DOI: https://doi.org/10.33911/singular-maa.v1i3.215
Palavras-chave: Agrotóxicos, Intoxicações, Externalidades, Gastos em Saúde, Economia

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar os gastos do Sistema Único de Saúde Pública (SUS) no estado do Tocantins para tratar as enfermidades da população contaminada por agrotóxicos no período de 2012 a 2018. A pesquisa se caracteriza como bibliográfica com método descritivo-exploratório e explicativo, acompanhado pela análise documental. Todos os dados explanados e analisados conforme a regionalização da saúde no Tocantins. As informações sobre intoxicações agudas foram obtidas pelo banco de dados Sinan Net. Os custos esperados com a intoxicação foram calculados a partir da soma das despesas médicas hospitalares e da despesa gasta com a vigilância. Os resultados demonstram que as notificações se concentraram em dois municípios de Palmas e Araguaína, tal fato pode ser explicado devido a estas cidades serem referências com hospitais e centro de atendimento em saúde da região. Entre o período de 2012 a 2018 houve um crescimento nas incidências anuais de intoxicação aguda no estado, passando de 230 casos em 2012 para 355 casos em 2018. Em média no estado do Tocantins são infectadas por agrotóxicos cerca de 290 pessoas por ano. O valor gasto pelo estado do Tocantins foi de aproximadamente R$ 256.070,00 por ano, este valor foi composto por: custo ambulatorial, custo hospitalar e custo preventivo. Para concluir os resultados deste trabalho demonstram que o uso indiscriminado dos agrotóxicos na produção agrícola tocantinense tem custos sociais muito além dos que foram estimados.

Biografia do Autor

Keile Aparecida Beraldo, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Economia pela Fundação Educacional Araçatuba (1997) e mestrado em Ciências do Ambiente pela Fundação Universidade Federal do Tocantins (2007). Doutorado em Desenvolvimento Rural (UFRGS) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2016). Atualmente é Professora Adjunta da Fundação Universidade Federal do Tocantins Campus de Palmas Cursos de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas (GESPOL).

Gabryellen Pereira Meireles, Universidade Federal do Tocantins

Possui ensino médio segundo grau pelo colégio da polícia militar (2013) . Tem experiência na área de Economia.

Monica Costa Barros, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Ciências da Saúde UFT/TO. Especialista em Saúde Pública (Universidade Federal do Tocantins/ UFT), Epidemiologia em saúde do trabalhador (Universidade Federal da Bahia/UFBA), em Vigilância e promoção à saúde em ambiente e trabalho (Fiocruz/DF) e em Gestão de Políticas Informadas por evidências (Sírio Libanês/ PROADI) e em Análise de dados (UFT).

Publicado
2024-04-05
Edição
v. 1 n. especial (2023): Singular. Meio Ambiente e Agrárias
Seção
Artigos
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