A COMPLEXIDADE DO PENSAMENTO CIENTÍFICO CONTEMPORÂNEO E SUA SINGULARIDADE REINVENTIVA
Resumo
O presente trabalho problematiza, de forma ensaísta (Benjamin, 1986; Meneghetti, 2011), a construção do pensamento científico moderno, adotando um referencial teórico-metodológico interdisciplinar que dialoga com obras da filosofia, pedagogia, antropologia, sociologia. Assim, tal problematização se dá por meio da forma e do conteúdo que compõe o presente texto, pois o mesmo foge do formato hegemonicamente adotado pelos artigos científicos, apresentando os aspectos metodológicos de uma escrita ensaísta, aproximando conceitos e ideias de distintos campos disciplinares para colocar em xeque a posição de superioridade historicamente ocupada pela ciência moderna ante aos outros saberes (como os conhecimentos populares, mitológicos, da cultura tradicional), igualmente evidenciando argumentos que explicitam os limites e possibilidades intrínsecos ao conhecimento científico moderno. Com essas reflexões, novas concepções de ciência e prática científica vão emergindo, aproximando-a da condição humana – sendo esta uma característica intrínseca do sujeito da ciência em sua prática científica. A crítica a demasiada importância dada a ciência mercantilizada, permissiva e uberizada é posta em voga através de contrapontos de pensadores representativos de grupos étnicos invisibilizados em nossa sociedade contemporânea como Antônio Bispo e Ailton Krenak. O artigo traz a importância de fomentar-se um pensamento livre, autocrítico e reflexivo, contudo includente e democrático, ético e exequível.
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