O DIREITO AO ACESSO À JUSTIÇA PELOS INDÍGENAS DA ILHA DO BANANAL/TO

DO RECONHECIMENTO À DIFERENÇA AO RECONHECIMENTO DA VULNERABILIDADE

  • Paulo Sérgio Gomes Soares Universidade Federal do Tocantins/Professor
  • Letícia Cristina Amorim Saraiva dos Santos Moura Universidade Federal do Tocantins/Mestranda
Palavras-chave: Direitos Humanos, Paradigma interculturalista, Estatuto do Índio, Vulnerabilidade, Políticas públicas

Resumo

O artigo aborda o direito ao acesso à justiça pelas comunidades indígenas da Ilha do Bananal em função da escassez de políticas públicas que possam minimizar os impactos da vulnerabilidade. Os atendimentos itinerantes da Defensoria Pública do Estado do Tocantins, entendidos como políticas públicas, permitiram constatar problemas que obstruem o direito de acesso à justiça e impedem a concretização dos direitos fundamentais, ferindo normas constitucionais e internacionais de Direitos Humanos. O problema tratado toca no reconhecimento à diferença, negado pelas orientações integracionistas vigentes no Estatuto do Índio, trazendo reflexos negativos para a concretização dos preceitos constitucionais e para a compreensão do paradigma interculturalista como orientação contextualizada para tratar as questões indígenas. A partir do método dialético associado à pesquisa etnográfica e o apoio de referenciais bibliográficos e documentais, foi possível realizar uma abordagem interdisciplinar e trazer à tona aspectos jurídicos, antropológicos e sociológicos que se interseccionam para vislumbrar as contradições que emergem do problema e propor algumas respostas possíveis de encaminhamento para a Prestação Jurisdicional no que tange a políticas públicas específicas.

Biografia do Autor

Paulo Sérgio Gomes Soares, Universidade Federal do Tocantins/Professor

Doutor. Professor no Programa de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH), da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Parceria com a Escola Superior de Magistratura Tocantinense (Esmat). Bolsista Fapto.

Letícia Cristina Amorim Saraiva dos Santos Moura, Universidade Federal do Tocantins/Mestranda

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH), da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Parceria com a Escola Superior de Magistratura Tocantinense (Esmat). Defensora Pública em Cristalândia/TO.

Publicado
2025-12-16